O que é o 8 de Março

8 de Março, de alguma forma é preciso analisar este dia (Internacional da Mulher) de forma crítica. Ou seja, como mulher, não apenas desejar receber flores, mas denunciar que muitas mulheres ainda sofrem as muitas formas de Violência que existem, com destaque para as diversas formas de violência física, sexual e psicológica.

Devemos estar livres de estereótipos (por exemplo que as mulheres conduzem mal). Nós não estamos atrás de um grande homem, nem à frente, devemos estar ao lado dele. Mas se acusamos, seja o homem ou a mulher, também devemos celebrar, as nossas vitórias conquistas e derrotas. Por conseguirmos ser presidentas, ao mesmo tempo, somos derrubadas. Por sermos tão importantes há quem acha que ainda não podemos estar no poder, por não estarmos preparadas. Nós não somos sagradas e, por isso, também não devemos ser sacrificadas. Não somos só bonitas. Provamos todos os dias que a beleza não é tudo o que temos a oferecer. Não somos só mães, pois nem todas querem (os) sê-lo. Somos MULHERES (individualidades). Nem todas nós conseguimos fazer várias coisas ao mesmo tempo. E não somos preguiçosas por isso. Também precisamos de ler o jornal enquanto ele/a (nossa/o companheiro/a) está a fazer o jantar.MULHER, se queres ser doméstica, acho bem, desde que sejas feliz com isso! Para mim, hoje em dia, a mulher não é nem santa nem pecadora. Somos mulheres, não nos podemos dividir. Não significa que não cometamos erros, mas devemos deixar de querer ser vistas pelos olhos dos homens e mulheres machistas, que criticam aquela mulher que tem 2 ou 3 filhos de pais diferentes. Não podemos ser julgadas por isso.

Por fim, assim como os homens, não somos perfeitas e desejo a todas nós um feliz dia!

Karina Dulobo 

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Coordenadora de Género – medicusmundi

08/03/2021