medicusmundi capacita jornalistas em reportagem sobre casos de Violência Baseada no Género
A capacitação tem como objectivo aumentar a sensibilidade sobre as questões de género através de um maior conhecimento e aplicação do Regulamento do Código Deontológico de Jornalistas em Moçambique sobre Comunicação Ética na cobertura de questões de Violência Baseada no Género, produzido pela medicusmundi.
A medicusmundi, o Fórum Mulher e o MISA-Moçambique, iniciam hoje (15) uma formação de seis (6) dias, sobre cobertura noticiosa de casos de Violência Baseada no Género (VBG), para 30 jornalistas, em Maputo.
A medicusmundi, o Fórum Mulher e o MISA-Moçambique, iniciam hoje uma formação de seis (6) dias, sobre cobertura noticiosa de casos de Violência Baseada no Género (VBG), para 30 jornalistas, em Maputo. A capacitação tem como objectivo aumentar a sensibilidade sobre as questões de género através de um maior conhecimento e aplicação do Regulamento do Código Deontológico de Jornalistas em Moçambique sobre Comunicação Ética na cobertura de questões de Violência Baseada no Género, produzido pela medicusmundi.
Ao longo da implementação do programa “Contribuir para a Defesa, Garantia e Exercício de uma Vida Livre de Violência das Mulheres de Maputo – Fase II”, a medicusmundi constatou que o tratamento da Violência Baseada no Género (VBG), nos meios de comunicação social, ainda apresenta vários desafios. Verificam-se algumas mudanças, maioritariamente ao nível da quantidade de matérias e não necessariamente na qualidade dos conteúdos. A prevalência de uma abordagem sensacionalista, caracterizada pela ausência de contraditório e/ou equilíbrio de fontes, e uma abordagem tendencialmente virada para a exposição e a culpabilização da vítima/sobrevivente e não do agressor. O fraco domínio desta temática pelos mídia constitui um dos factores, além das políticas e rotinas editoriais que relegam questões de VBG ao terceiro plano.
De acordo com Eduardo Namburete, facilitador da formação, a VBG é uma violação dos direitos humanos fundamentais, particularmente os das mulheres, e constitui um problema de saúde pública, com implicações na economia das pessoas e dos países, e um impacto negativo na sociedade como um todo, por essa razão a VBG deve ser bem reportado pela imprensa moçambicana.
Ao longo da formação pretende-se:
- Aumentar a sensibilidade da/os jornalistas sobre as questões de género através da melhoria dos conceitos de género e sexo;
- Desenvolver um entendimento sobre a definição da Violência Baseada no Género, a forma e os métodos da Violência Baseada no Género;
- Reflectir sobre a Violência Baseada no Género como violação dos direitos humanos;
- Expor aos participantes as causas e as consequências da Violência Baseada no Género, os compromissos nacionais e internacionais assumidos por Moçambique para combater a violência baseada no género;
- Discutir os principais erros cometidos na reportagem sobre assuntos das mulheres, especialmente as questões da Violência Baseada no Género;
- Melhorar as habilidades dos jornalistas e a qualidade da reportagem sobre a Violência Baseada no Género.
O programa “Contribuir para a Defesa, Garantia e Exercício de uma Vida Livre de Violência das Mulheres de Maputo – Fase II”, é implementado pela medicusmundi, Fórum Mulher e MISA-Moçambique, com o apoio financeiro da Agência Catalã de Cooperação para o Desenvolvimento (ACCD).