Conseguir que os cidadãos defendam a saúde como um direito e mobilizar os responsáveis para a criação de melhores políticas sócio-sanitárias, com foco nos Determinantes Sociais de Saúde, foi a meta traçada para esta campanha.
O apelo à consciência e participação da população e das instituições na melhoria do nível da saúde da comunidade, foi um dos principais pilares desta campanha que esteve no ar durante dois meses.
Será que a nossa saúde depende apenas da qualidade dos serviços médicos prestados? Ou a sociedade tem um papel bem mais importante a desempenhar?
A campanha criada e veiculada pela medicusmundi ao longo dos meses de Março e Abril, teve por objectivo levar todos os actores envolvidos no sector da saúde da cidade de Maputo a analisar e conceber este sector sob a perspectiva dos Determinantes Sociais de Saúde (DSS). A abordagem permitiu fazer uma análise integral de todas as condicionantes envolvidas no grande objectivo universal de garantir o Direito Humano (individual e colectivo) à Saúde, e que vão para além da existência de infra-estruturas sanitárias.
Através desta campanha a medicusmundi procurou contextualizar, sensibilizar e mobilizar a sociedade para promover uma mudança de comportamento que permita fugir de uma perspectiva simplista do Direito à Saúde, como algo apenas dependente da existência de centros de saúde, e entender as outras causas e factores que contribuem para que este direito seja uma realidade.
De acordo com a constituição da República de Moçambique, para que a saúde não seja um bem, mas antes um direito humano acessível a todos, os cidadãos também têm um papel a desempenhar sendo seu dever defender e promover a saúde pública. Este apelo à consciência e participação da população e das instituições na melhoria do nível da saúde da comunidade, foi um dos principais pilares desta campanha apoiada pelo Município de Barcelona e que contou com um anúncio para televisão, um spot para rádio e um folheto informativo. Através destas peças foram referidos alguns aspectos socioeconómicos e políticos que determinam os contextos e condições de vida que originam desigualdades no acesso ao direito à saúde, como a alimentação, o tipo de habitação, o acesso à educação, entre outros.
Conseguir que os cidadãos defendam a saúde como um direito e mobilizar os responsáveis para a criação de melhores políticas sócio sanitárias com foco nos Determinantes Sociais de Saúde, foi a principal meta traçada.
Publicado no dia 09/07/20